domingo, 14 de outubro de 2007

Poema sem nome

Quando a lua cheia luminosa
Cruza flutuando a abóbada celeste
E sua luz, brilhando intensamente,
Põe-se a brincar no anil do horizonte;

Quando suavemente o rouxinol
Começa no ar seu gorjeio simbilante
Quando o anseio da flauta de pã
plana acima do pico da montanha;

Quando, contida, a fonte da montanha
Torna-se torrencial e inunda o caminho,
E a floresta, acordada pela brisa,
Começa, farfalhando, a se agitar;

Quando o homem expulso por seu inimigo
Volta a tornar-se digno de seu pais oprimido
E o enfermeiro privado de luz
Volta a ver o Sol e a Lua;

Oprimido também, vejo, então a bruma da tristeza
Se dissipar, desfazer-se e logo sumir;
E a esperança da vida boa
Faz meu coração se abrir!

E, arrebatado por uma esperança assim,
Sinto júbilo n´alma e meu coração bater em paz;
Mas será autêntica tal esperança
Que me foi mandada nestes tempos?

Soselo - antes de 1922
(Joseph Stalin)


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