quarta-feira, 26 de maio de 2010

Desencana

Desencana...
Ontem eu precisava de você.
Ontem eu esperava um abraço, daqueles largados, bem safados.
Ontem eu queria carinho, precisava de colo
Hoje, tudo o que sinto é sono.

Desencana...
Ontem eu criei coragem e fiz um pedido
Ontem eu suspendi meu juízo engolindo meu orgulho de ex-rei
Hoje tudo que eu sinto é sono.

Desencano.
Se desejo em um dia, o tempo passa
Enquanto isso a noite se aproxima e a insônia me visita
Minha mente chega, e, me leva a perigosas viagens
O desejo se transforma em tristeza
No outro dia, tudo o que sinto, é sono.

Desencana...
Preciso de você, para aquilo que não posso pagar
Preciso de você naquilo que faz muito bem feito
Preciso de você para algo que não posso sentir sozinho
Hoje, tudo que eu preciso, é de uma cama para dormir.

Manasses
05/2010

quarta-feira, 19 de maio de 2010

Caminho escolhido

A muito não passo por aqui; tenho me dedicado a Filosofia e a Ciência
Aprendi muito, meu cérebro tem estado em êxtase intelectual
Por vezes, sinto os neurônios em prazer sexual; um verdadeiro bacanal

Certa vez, ouvi uma história que falava sobre a mente, o coração e a eterna briga entre eles
Na verdade, não sei mais se ouvi, ou se contei a mim mesmo
Por vezes, administrei essa briga escrevendo; hoje, tenho administrado chorando

A ignorância é uma dádiva; “a Filosofia hoje me auxilia a viver indiferente assim.....”
Me tornei burro, (assim me sinto) em qualquer que seja o assunto desligado do cérebro
Por vezes, sinto dor física por estar sozinho; me sentindo acompanhado.

Certa vez, contei uma história sobre um cara que morreu e continuou andando
Na verdade, não sei se contei ou se sonhei contando, mas o fato é que conheci o sujeito de fato
Por vezes, acho que esse sujeito é parte de mim, que parte cada vez que penso ou faço algo importante para mim mesmo ser quem eu sou.

Se puder sugerir, que ninguém percorra meus passos, que me deixe sozinho nessa jornada
Cada um conta sua própria história; uma história que pode ser de vida, ou de morte em vida.
Por vezes sinto os neurônios em êxtase sexual; e uma dor quase insuportável no peito.

A muito não escrevo; tenho me dedicado a Filosofia da Ciência.
Talvez, devesse continuar sem escrever, e continuar segurando o choro sozinho.
Tenho saudades de alguns amigos - dos que lembro com o cérebro.

Manassés
18/05/2010