quarta-feira, 19 de novembro de 2008

Realidade do Diabo

No final da década de 80, tive contato com um livro (que me foi apresentado pelo bobliotecário da escola onde estudava), que não estava preparado para lê-lo; um livro de um tal Castaneda. Na verdade era uma cópia barata, dessas tiradas em uma maquina com defeito - ná época não existia a lei de direitos autorais, e a grande parte dos sebos que haviam espalhados pela cidade, eram na verdade um amontado de livros e revistas sem qualquer tipo classificação ou organização mínima - se quisesse algo diferente, tinha de encontrar quem ¨o¨ tivesse, e simplesmente tirar uma cópia.
No auge da minha ignorância (sustentado por uma aura de auto-suficiencia pós adolescencia), traduzi a leitura como uma grande "apologia as drogas" e simplesmente o desprezei.
Dezenove anos depois, em uma agradével conversa com um Maluco (uma espécie em extinção) de sessenta e poucos anos, (que conheci em uma festa de criança em uma cidade do interior), novamente o tal autor me aperece nas palavras dele. Como os sebos hoje em dia são mais organizados, e até pela internet é possível pesquisar seus acervos, resolvi revisitar essa leitura.
Talvez por estar um pouco mais maduro ou, ao menos ter o coração e a mente mais aberta para os mais diversos assuntos, percebi estar em uma Realidade Estranha; das 07:30hs até a inquietação mental noturna do pré-sono.
O intervalo da madruga? Bem, estou livre.

Manassés
19/11/2008

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